domingo, outubro 31, 2004

Democracia em acção

Aproxima-se o acontecimento que marcará o ano, e quem sabe se não mesmo o século. Não, não se trata da execução sumária de todos os concorrentes da Quinta das Celebridades, mas sim das eleições presidenciais americanas.
Quem diria que receios de fraude eleitoral (mais uma) num país com a bagagem democrática dos EUA, levasse a que estejam presentes observadores da UE. Quando questionado sobre este facto , um alto responsável pelo programa de observação internacional da UE, assegurou-nos que desde que eles se mantenham longe do Texas, o risco de sequestros é mínimo.
Mas vamos ao que interessa. O sistema de votos e a sua falibilidade.
Na realidade, o emprego das novas tecnologias nos sistemas de voto implica menos transparência e fiabilidade. Por causa delas, desde o voto electrónico (problemas de software, sem hipótese de recontagem) até ao método de leitura óptica (mais uma vez o software), estas podem vir a ser as eleições mais contestadas de sempre. No entanto nem tudo é negativo, no caso de falha do sistema informático existe a possibilidade de serem colocados mais alguns professores portugueses.
Pois é, eu sugiro a adopção do sistema infalível da mão no ar, como garante de validade:
- Todos os que votam em Kerry, levantem o braço. Sim,senhor! Todos os que votam em Bush, levantem o braço e acompanhem aqueles simpáticos senhores, vestidos de branco que vos darão uma injecção de “vitaminas” e uma camisa novinha em folha!

Isto já para não falar das intervenções fraudulentas. As tácticas de Bush para influenciar as eleições incluem a contratação de Vítor Baia para retirar os votos em Kerry que já se encontrem dentro das urnas e a tentativa de incluir a palavra terrorismo mais de 25 vezes no boletim de votos.
Meus senhores e senhoras, trata-se do futuro do mundo, não tenham ilusões. Acho que no caso da eleição de Bush, devemos todos ir para a porta da embaixada americana acender umas velinhas, apresentar as nossas condolências e fazer uma vigília! Eu levo o termos com a sopa. Alguém pode levar uma arma de destruição maciça, que já não precise?

PN

sexta-feira, outubro 29, 2004

Homens de barba rija

Acabei de ler um artigo na Visão da responsabilidade do Luís Costa Ribas, onde se retrata a imagem que se tem de Bush no Texas. Essa terra árida de homens austeros, duros como uma pedra e por vezes igualmente inteligentes e perspicazes.
Estes verdadeiros cowboys encaram Bush como sendo um dos seus, revelador de força, perseverança e carácter, o homem capaz de lançar uma guerra contra o terrorismo. Nas palavras de Chad Bingham, um jovem texano, Bush “é um durão como eu. Kerry é um mariquinhas”.
Tem toda a razão, pois enquanto o Kerry combatia no Vietnam, recebendo cinco condecorações (tendo depois a "cobardia" de, como veterano e com conhecimento de causa, se opor à guerra) o Bush andava num aviãozinho a sobrevoar perigosas manadas de gado em fuga, que exibiam umas cornaturas bem afiadas.
Também no campo desportivo se comprova agora isso, pois Kerry practicava hóquei no gelo conhecido pelas tácticas pacíficas (capazes de fazer o Ghandi roer-se de inveja), enquanto que Bush participava no futebol americano como um feroz animador de claque (Jogar?! Isso é para maricas, e eu ainda por cima acabei de pintar as unhas!).
Este artigo foi bastante elucidativo relativamente à composição da base de apoio do Bush. Foi pena é não termos mais pérolas de sabedoria do jovem Chad mas ele já estava atrasado para as aulas de ballet e ainda nem sequer tinha calçado as sapatilhas.

PN

quinta-feira, outubro 28, 2004

Dar um jeitinho

O nosso Primeiro-Ministro apresentou recentemente uma sugestão visionária: “Se há professores no Ministério da Educação com horário-zero, porque que é que não podem assessorar juizes no Ministério da Justiça?”.
As primeiras reacções já se fizeram ouvir. O Sindicato de Talhantes da Margem Sul apresentou-se desde logo disponível para colaborar no combate às listas de espera nos hospitais e a Associação Nacional de Narcolepsia diz ter preparados diversos membros, para colmatar ausências de deputados na Assembleia da República.
O próprio Santana Lopes deu o exemplo, ao assumir o cargo de governante. “Eles pediram-me e eu dei um jeitinho”

PN

quarta-feira, outubro 27, 2004

Procura-se

Apercebemo-nos que nos encontrávamos moralmente feridos pela ausência de contraditório, colocando em causa o nosso pluralismo e a isenção dos nossos textos. Desse modo, e procurando não comprometer a nossa integridade e imparcialidade, resolvemos abraçar as ideias do nosso estimado Primeiro Ministro, no que concerne aos media.
Vimos por este meio, anunciar a abertura de uma vaga para o cargo de contraditor. Para a ocupação deste cargo, o proponente deve assegurar as seguintes habilitações:

- 12º ano de escolaridade, ou o equivalente numa conta bancária suíça
- imparcialidade, ou o equivalente em relações indirectas com o Governo
- conhecimento das questões, ou equivalente em ambições discretas a cargos de governação
- 10 anos de experiência a contradizer os outros
- 4 anos de experiência a contradizer-se a si próprio
- ser capaz de dormir sestas (na eventualidade de desfile de moda de emergência)
- opcional: gostar de dar passeios à beira-mar, flocos de neve e cocktails de frutas

As questões salariais são da responsabilidade da Coligação.

PN

terça-feira, outubro 26, 2004

E se for verdade?

"Let me just say from the outset that the Federal Reserve has confirmed our Stock Market Crash forecast by raising the Money Supply (M-3) by crisis proportions, up another 46.8 billion this past week. What awful calamity do they see? Something is up. This is unprecedented, unheard-of pre-catastrophe M-3 expansion. M-3 is up an amount that we've never seen before without a crisis - $155 billion over the past 4 weeks, a $2.0 trillion annualized pace, a 22.2 percent annualized rate of growth!!! There must be a crisis of historic proportions coming, and the Federal Reserve Bank of the United States is making sure that there is enough liquidity in place to protect our nation's fragile financial system."

source: http://www.safehaven.com/article-1597.htm

Neste momento a recuperação económica europeia resume-se a puros exercícios especulativos baseados num preço do petróleo irrealista - no caso português: $38 -, contínua expansão do consumo interno europeu e forte estabilidade nos mercados financeiros.
Ok, o petróleo está nos $55, a CE já reviu em baixa as previsões para o próximo ano e não há um único país que esteja vendedor de ouro. Para não mencionar os recentes movimentos da Federal Reserve acima descritos. Para o comum fumador, isto deverá significar a venda de todos os activos financeiros de negociação imediata com excepção de poços de petróleo, a frequência de um curso de formação de padres da Igreja Maná e a procura de um emprego estável, resistente a qualquer crise como, por exemplo, celebridade na penúria ou acompanhante masculino para lésbicas.

NG

domingo, outubro 24, 2004

Democracia ao domicílio

Consciente que se trata de assunto já amplamente debatido, não resisti a debruçar-me momentaneamente sobre a intervenção americana no Iraque, e o suposto processo democrático que se segue.
A teoria neoconservadora americana de expansão da democracia (como se de mais um McDonalds se tratasse), a sua política exterior em vigência, apresenta graves problemas de eficácia.
Com a sua condescendência relativamente à soberania alheia, talvez tenham negligenciado o que seria de esperar quanto à resistência iraquiana e atentados bombistas. Numa democracia implantada à força de bombas, a percepção de validade das bombas como votos, não será uma consequência “natural”?
Ou, os americanos pensavam que se tratava de um "quanto mais me bates, mais gosto de ti" político-militar?
PN

quinta-feira, outubro 21, 2004

Recebi isto

Trata-se da Compta, cujo presidente é o meu amigo Vitor Magalhães, pelo que sei o que se passa.

Em primeiro lugar o Vitor é padrinho do filho mais velho do Bagão Felix.
Em segundo lugar, o anterior ministro encomendou o programa e testou-o, tendo verificado que funcionava muito bem.

Em terceiro lugar, a nova ministra resolveu mudar a matriz inicial 3 dias antes do arranque do concurso, sabem o que ela quis alterar?
Criou um código especial, que desde o momento que fosse anexado a um professor, automáticamente ser-lhe-ia atribuida a escola da 1ª preferência. Um espécie de cunha informática, percebem? Só que a alteração à última hora deu cabo do algorritmo central e bye,bye programa.

NG

quarta-feira, outubro 20, 2004

A Capital

Ontem comprei o jornal "A Capital".
Esse momento invulgar foi provocado por 3 razões que passo a descrever:

1ª razão - A capa do jornal era composta pura e simplesmente de uma fotografia patética do Bush e da palavra Não. Um pequeno texto explicava que "A Capital" assumia uma linha editorial que defende a derrota do texano e explicava que os jornais não devem ser meros intermediários de informação uma vez que podem assumir posições estruturantes. Bonito!

2ª razão - Um artigo de opinião rezava do seguinte:" Tendo sido agraciado pelo rei de Espanha com o prémio Carlos V, foi perguntado a Jorge Sampaio se doaria a importância recebida a alguma instituição de caridade. Respondeu o seguinte:'Desta vez vai ser para mim. Os tempos estão maus'." Ora aqui está a prova de que o Sampaio sabe o que o próximo orçamento de estado vai trazer ao país. E mesmo assim não mexe um dedo para modificar a situação, preferindo investir a quantia ganha "naquela conta do porquinho daquele anúncio engracado que passa na TVI".

3ª razão - Depois dos acontecimentos do passado domingo, fiquei com vontade de comprar algo que me recordasse o porque de eu não ser portista.

NG

terça-feira, outubro 19, 2004

Ode ao Charro

Bate, bate levemente
Como quem chamon por mim
Será bula, será broca
A Mari e a Juana já não moram aqui
E a ganza não bate assim
Afinal o que se "passa" ali
Haxixe 'sto muito estranho!!

PN

Figurantes

Enquadram-se dentro do espírito deste blog, o esclarecimento de dúvidas existenciais estimulantes e pensamentos profundos. O post que se segue cai longíssimo desses parâmetros. Talvez seja produto do congelamento salarial na nossa empresa.

Um tema que me persegue faz algum tempo, é o dos figurantes.
Já alguma vez deram convosco a perguntarem-se como será a vida de uma daquelas figuras que vemos no fundo das cenas?
Quais serão as suas angústias e sonhos? Será que sentem dor e fome?
Serão capazes de apreciar uma gota de chuva, percorrendo a sua face numa carícia?
Para descobrir as respostas a estas e outras questões, fomos falar com o S.I.F.A.O. (Sindicato Internacional dos Figurantes Anónimos Organizados).
Eis aqui excertos da entrevista com José Incógnito, dirigente do sindicato.

fumos – Existe realmente justificação para a existência de um sindicato de figurantes?
J.I. – A sua pergunta espelha a atitude ignorante da sociedade com que lidamos quotidianamente e desde tempos remotos.
fumos – Como assim?
J.I. - Em quase todos os acontecimentos históricos encontravam-se presentes filiados do nosso sindicato, mas deles não reza a História.
fumos – Poderá fornecer exemplos específicos?
J.I. – Por exemplo no assassinato de Júlio César tínhamos presentes no local, um rapaz a brincar na neve e uma idosa a atravessar a passadeira, você ouviu falar deles? Não, pois não?
fumos- Sim, é verdade escapou-nos, mas nós nessa altura estávamos a fumar umas brocas avantajadas e andávamos um pouco distraídos.

fumos – A nível de formação como é? Existem escolas para figurantes?
J.I. – Sim, Sim. Um verdadeiro figurante passa por 10 anos de formação geral. Onde aprendem coisas como andar sem objectivo, a falar sem proferirem um único som e conduzirem às voltas. Temos ainda alguns cursos de especialização.
fumos – Tais como?
J.I. – Cursos para segurar ficheiros e documentos inúteis, como estar na Assembleia da República e mais recentemente como ser defesa da selecção russa.

fumos . E para além da vida profissional como é que se processa o vosso quotidiano?
J.I. – É muito complicado, lidamos com problemas familiares graves. Por exemplo, ao almoço a minha mulher e os meus filhos conversam e discutem enquanto eu fico no background a fingir que estou à espera da chamada de embarque para um voo. É muito complicado.
fumos – Mas deve ter os seus momentos compensadores?
J.I. – Sim, não sofremos tanto nas repartições públicas pois estamos habituados a ser ignorados e também alguns de nós conseguem chegar a Presidente do EUA.
PN

segunda-feira, outubro 18, 2004

Pensões

Até ao ano 2050 o governo Inglês terá que pagar um extra £57 bilioes por ano para que os reformados possam usufruir a mesma qualidade de vida de hoje. Parece que vamos ter de trabalhar até aos 127 anos de idade e mesmo assim morrer na pobreza...

Neste momento existe um buraco negro nos USA de $45 triliões. Para pôr em perspectiva o problema:

"It seems there are three ways this vast deficit can be covered: they can either increase taxes immediately, by 69% or cut medicare benefits by more than a half, or stop all federal purchases ever." ... e mesmo assim ninguem esta' a fazer nada para resolver a situacao. "... the situation is becoming more critical. If nothing has happened by 2008, taxes will have to go up by 74%. No president, of course, will ever impose any such increase, which means that with the certainty of titanic's fate once it had hit the iceberg, America will go spectacularly bankrupt."

Consequência: "Long before that happens, however, the US will renege on all its foreign debt which will bankrupt the entire world"...

CR

sábado, outubro 16, 2004

Silêncio de Ouro

Parece que os poderes de censura da coligação, começaram a entrar no campo do sobrenatural ou extrasensorial.

Explicar-me-ei.

Comecei a ponderar a hipótese de escrever sobre os acontecimentos recentes da nossa sociedade. Mais especificamente os relacionados com o que aparenta ser um retrocesso na nossa caminhada democrática, o caso Marcelo Rebelo de Sousa e TVI.

E eis que, a minha ligação da internet sofreu um ataque devastador de origem desconhecida. Após estabelecer contacto com todos os meus conhecimentos ao nível de agências secretas (tão secretas que ainda não sabem que existem) e organizações de reputação dúbia (tão dúbias que nem nelas próprias confiam), ainda nada consegui apurar de definitivo. Mas as minhas suspeitas assentam neste momento num programa governamental, que consiste em treinar esquilos a roer fios telefónicos. Conclusão, o costume.

No entanto, através de subterfúgios dignos de um Macgyver informático, consegui fazer chegar a vocês esta mensagem (é impressionante o que se que consegue fazer com um palito e uma azeitona meio comida).

Vamos ao que interessa. Não é que é que a existência de censura subordinada aos mais diversos interesses me surpreenda, mas pelo menos existia encapotada. Agora temos um ministro dos Assuntos Parlamentares , Gomes da Silva, a proferir opiniões sobre um comentador político que desencadearam uma pressão por parte de Paes do Amaral, Presidente da Media Capital , para que Marcelo moderasse os seus comentários (presumivelmente aqueles relativos à actuação do Governo) no Jornal Nacional. Marcelo resolveu afastar-se.
Não é que Marcelo seja verdadeiramente uma vítima, dado que o aproveitamento político deste incidente trará provavelmente frutos, mas poder-se-á ter aberto feridas na nossa já frágil democracia.
De igual modo preocupante será a eventual relação entre a procura de um canal de televisão pelo Grupo PT (com as suas ligações ao Governo na figura de Luís Delgado, jornalista responsável pelo sector mediático do Grupo) com este incidente.
A situação levou a um convite a Belém para Marcelo, onde o nosso Presidente da República lhe terá perguntado onde arranjava as gravatas folclóricas.

Por falar nisso, Senhor Presidente, se me quiser chamar por causa do meu incidente, estou livre na quarta-feira e posso levar uns croquetes.

Como conclusão, quero assegurar aos nosso assíduos leitores que nós não cederemos a pressões de qualquer tipo. A nós não nos cal............

PN


C'mon moderfk'ers, c'mon! (RAPe)

(hip hop beat)
Yeah... yo... check it, yo
Spin dat shi nigger,
uhm... uhm
Slap that HO!

(Bad ass)
Bagão, meu homem favorito
ouvi o teu ruido de pito
e fiquei com dores de ouvido

Então vamos crescer 2.4 no PIB?
Descer o IRS para os pobres
e orientar uns trocos aos velhotes?

(Refrão)
(sensual female voice)

Bagãozinho, meu lindinho
Queres os tugas a sorrir?
Dá-lhes de bulir...
(/)

Explica lá isso, bro?
Com as receitas de IRC no fundo
O investimento a cair
e empresas que não param de falir
NIGGER!

Puto,
Safas-te outra vez
É giro neste pais
onde as extra manobras
ORDINÁRIAS
são puras ca*alhadas

Refrão 2x

(Ridonculous)
Só espero que o Sampaio
não te deixe no poder
o tempo necessário
para eu, habilmente, te F*DER

Let me get down, biatch
Know what I am saying?
Xô.


NG

quinta-feira, outubro 14, 2004

Tal e Qual

O Sócrates disse que Santana não tem jeito para primeiro ministro. Então meu? Se há algo que o tipo tem é jeito. Presumo que o jornalista teve dificuldades com a dicção do Sócrates. Jeito vem do latim jactu. Pois, já estão a ver isto amanhã, não já?

PS acusa Santana de impotência.

NG

Global Competitiveness Report 2004

Acabei de ver o referido relatório. E meus amigos, desta vez a TVI não vai abrir o telelojornal com isto. Portugal está na 24ª posição entre 104, à frente de países como a Bélgica, Franca, Irlanda e Tanzânia. Finalmente sentimos na pele os resultados do programa governamental "Mexa-se", inicialmente pensado para a promoção da prática desportiva mas que acabou por ser implementado com sucesso em 96% das 7.903.472 reparticões públicas.

NG

Vox Populi (A boz do pobo, carago!)

De modo a medir eficazmente o verdadeiro impacto do “fumos”, resolvemos ir para a rua e abordar as pessoas. Após inusitadas dificuldades em encontrar a porta da rua e posteriores dúvidas relativamente às tácticas de abordagem a adoptar (decidimos que envergar hábitos de freira, transmitia confiança e aumentava exponencialmente as hipóteses de sermos convidados para uma sessão sado-maso), lá fomos nós.
Aqui ficam alguns dos testemunhos que marcaram pela sinceridade.

Tozé das Couves, Carpinteiro, 31 anos
“Fumos, eu cá curto mas nunca quando estou em serviço. Você já experimentou aplainar uma tábua todo fumado. Ah... Não é desses fumos que me está perguntar. Então não sei. Escreva aí... talvez.”

Sr. Abílio, Merceeiro, 47 anos
“Sim, sim, já ouvi falar. Acho que veio para revolucionar e deixar uma marca profunda na nossa sociedade. Verdade seja dita, já era tempo que os oprimidos tivessem uma voz, uma voz que os guie na luta contra a tirânica garra do capitalismo disfarçado de evolução natural. Eu cá gostava de me rebelar mas a minha Maria, não gosta que eu fique fora de casa até tarde.”

Aníbal, técnico auxiliar de estacionamento urbano, 23 anos a caminhar para os 92
“Ó chefe, nem me fale nisso. Passo o dia todo a levar com os escapes do automóveis. Para mim, os fumos são as espinhas do ofício...as cartilagens da profissão... sei lá.. pode vir, pode vir, pára, pára”

Michael Jackson, babysitter, 18 anos como negro e 20 como branco
“ Yeeeeehiiiiiii”

Ermelinda, porteira, 42 anos
“Pois, pois... isso deve ter alguma coisa a ver com aquela porca do 1º esquerdo. Essa lambisgóia está sempre a deixar o lixo nas escadas. Não é que eu goste de me meter na vida alheia mas essa coisa dos blogs, parece coisa de maricas”

George Bush, marioneta política, demasiados anos
“We are convinced they have weapons of massive irony and are ready to use them.”

PN

BLA


NG

quarta-feira, outubro 13, 2004

Herrar é umano

Estava eu a cozinhar uma refeicão romântico-sofisticada de influência francesa, como habitualmente, quando vejo uma discussão saudavél na 2 entre médicos com posicões contrárias sobre a questão da descriminalização das drogas. Foi deveras pedagógico pois, por exemplo, fiquei a saber que o doutor que se opõe à descriminalização, não se importa que o povo sofra mais devido à impureza das drogas, que resulta do maior controlo e consequente aumento do preço (entenda-se o sofra mais como horas extraordinárias para os desempregados da construção civil que trabalham agora em cemitérios). Isto porque, segundo ele, está provado que o número de dependentes diminui com a criminalização, como a famosa e relevante lei seca o demonstrou nos anos 20.
E tambem é claro que um estudo com conclusões contrárias, feito na Suiça no ano 2000, não é nada pr'aqui chamado visto os países terem realidades bastante opostas !!? (povo suiço: cambada de cobardes ricos, sem cultura que vive à custa das contas bancárias de taxistas e trabalhadores de leste).

Após a conversa, o programa termina com um video onde um jovem todo giraço decide experimentar erva e ecstasy numa noite de mais devaneio. Assim fiquei a saber que esta mistura do demónio provoca no jovem um aumento da pressão arterial, aumento da temperatura corporal, tensão muscular, hipotermia e um forte ranger de dentes, para além do já conhecido aumento exponencial do pénis e pêlos nas orelhas. Para terem uma ideia visual disto, imaginem o Paulo Pires a transformar-se num touro de Pamplona, no meio do estádio da Luz. Fiquei no entanto sem saber quais os sintomas associados ao ecstasy e à erva quando tomados em separado, ou, com absinto.

NG

Os Nove Mandamentos e meio

Encontrava-se Pedro meditativamente sentado na retrete, segurando a edição diária do jornal, quando de repente se deu uma alteração significativa na sua envolvente.
O que antes eram azulejos brancos e acessórios de casa de banho, haviam se tornado em azulejos creme claro e acessórios de manjedoura.
Então surgiu uma luz forte e intensa de fonte incerta, e Pedro pensou que lá se ia a conta da electricidade.
De seguida, ecoou pela retrete fora uma voz poderosa:

“Meu filho. Fostes escolhido para levar a Minha mensagem ao teus colegas bloguistas.
Para fazer chegar ordem e disciplina, onde antes apenas existiam caos, indisciplina e sandes mistas.
Para que desse modo seja salva a Humanidade (Copyright), dos vícios e acções imorais, entregar-te-ei os Rolos Sagrados, nos quais se encontram inscritos os Dez Mandamentos.”

Surgiram assim dois rolos de papel higiénicos, que rodopiavam no ar, movidos por uma força misteriosa.

“Através deles salva os infiéis e descrentes da condenação eterna, para que possam viver em paz e harmonia.
Tenho dito. Fica.”

“Ah! E puxa o autoclismo!”


De súbito tudo regressou à normalidade, como se de um sonho se tratasse. Mas, no entanto, ali estavam os Rolos Sagrados, comprovando os acontecimentos anteriores.
E ali ficou Pedro, trémulo e extasiado, com as calças pelos joelhos.

Assim, chegam a vocês os mandamentos:

“1 – Identificar-te-ás sempre que colocares um post ou um comentário”
“2 – Não cobiçarás o blog do teu vizinho”
“3 – Não matarás dois coelhos de uma só cajadada”
“4 – Não desenvolverás armas de destruição maciça”
“5 – Não mentirás, irás distorcer convenientemente a realidade”
“6 – Não roubarás, irás levar emprestado por tempo indefinido e sem consentimento”
“7 – Irás respeitar as opiniões divergentes, embora ainda possas usar palavrões para as criticares”
“8 – Não emitirás opiniões racistas e xenófobas, nem mesmo sobre os cabrões dos espanhóis”
“9 – Não copiarás as palavras de outros como tuas”
“10 – Não limparás com os Rolos o c...”


Desculpem lá este último, mas acabou-se o papel normal.

PN

Amélie e a necessidade de uma Indústria Cinematográfica Europeia mais forte

Inicio a minha participação na "fumaça" com uma pequena contribuição:

!!!!Ontem vi o filme Amélie. Wow!!!!

Adoro filmes este tipo de filmes: originais e com essência. Tenho que admitir que ainda só vi 2 filmes franceses, mas a qualidade é fantástica. Quem me dera a indústria cinematográfica Europeia ter um pouco mais de recursos e impacto. Tendo em conta a qualidade dos filmes americanos(claro que existem excepções), acho uma necessidade urgente.

CR

O fumos na imprensa

Daily Star
Beckham misses penalty for a screen-shot

Público
Santana: 'Ainda não disseram mal de mim'

A Bola
Scholari queima balneário

O Crime
Fumos causa 60% das mortes com armas de cor

NG

FW do dia

Votem nas putas... porque nos filhos não deu certo.

NG

terça-feira, outubro 12, 2004

the roots period

O primeiro blog na era sapiens que tenta encontrar o caminho entre o eu e o teu

English rough translation:
The first blog in the sapiens era that tries to find the path between the eye and the tie.

NG

Carta de Princípios

Que nem os nossos antepassados navegadores, embarcamos aqui numa odisseia com um final e objectivos incertos.
Iremos desbravar novos caminhos, dar novos mundos ao mundo, alargar horizontes e mentes, quebrar barreiras e estereótipos, lutar contra a opressão e a tirania, tirar aos ricos para dar aos pobres e oferecer cházinho e bolachas na recepção.

Meus amigos, para conseguirmos isto tudo, iremos enfrentar inúmeras adversidades (começando pela inexistência de uma recepção), mas juntos e com o poder do amor, venceremos.

This a small keystroke for Man but a huge fuck up for Humanity.

PN