Democracia em acção
Aproxima-se o acontecimento que marcará o ano, e quem sabe se não mesmo o século. Não, não se trata da execução sumária de todos os concorrentes da Quinta das Celebridades, mas sim das eleições presidenciais americanas.
Quem diria que receios de fraude eleitoral (mais uma) num país com a bagagem democrática dos EUA, levasse a que estejam presentes observadores da UE. Quando questionado sobre este facto , um alto responsável pelo programa de observação internacional da UE, assegurou-nos que desde que eles se mantenham longe do Texas, o risco de sequestros é mínimo.
Mas vamos ao que interessa. O sistema de votos e a sua falibilidade.
Na realidade, o emprego das novas tecnologias nos sistemas de voto implica menos transparência e fiabilidade. Por causa delas, desde o voto electrónico (problemas de software, sem hipótese de recontagem) até ao método de leitura óptica (mais uma vez o software), estas podem vir a ser as eleições mais contestadas de sempre. No entanto nem tudo é negativo, no caso de falha do sistema informático existe a possibilidade de serem colocados mais alguns professores portugueses.
Pois é, eu sugiro a adopção do sistema infalível da mão no ar, como garante de validade:
- Todos os que votam em Kerry, levantem o braço. Sim,senhor! Todos os que votam em Bush, levantem o braço e acompanhem aqueles simpáticos senhores, vestidos de branco que vos darão uma injecção de “vitaminas” e uma camisa novinha em folha!
Isto já para não falar das intervenções fraudulentas. As tácticas de Bush para influenciar as eleições incluem a contratação de Vítor Baia para retirar os votos em Kerry que já se encontrem dentro das urnas e a tentativa de incluir a palavra terrorismo mais de 25 vezes no boletim de votos.
Meus senhores e senhoras, trata-se do futuro do mundo, não tenham ilusões. Acho que no caso da eleição de Bush, devemos todos ir para a porta da embaixada americana acender umas velinhas, apresentar as nossas condolências e fazer uma vigília! Eu levo o termos com a sopa. Alguém pode levar uma arma de destruição maciça, que já não precise?
PN