quinta-feira, outubro 14, 2004

Vox Populi (A boz do pobo, carago!)

De modo a medir eficazmente o verdadeiro impacto do “fumos”, resolvemos ir para a rua e abordar as pessoas. Após inusitadas dificuldades em encontrar a porta da rua e posteriores dúvidas relativamente às tácticas de abordagem a adoptar (decidimos que envergar hábitos de freira, transmitia confiança e aumentava exponencialmente as hipóteses de sermos convidados para uma sessão sado-maso), lá fomos nós.
Aqui ficam alguns dos testemunhos que marcaram pela sinceridade.

Tozé das Couves, Carpinteiro, 31 anos
“Fumos, eu cá curto mas nunca quando estou em serviço. Você já experimentou aplainar uma tábua todo fumado. Ah... Não é desses fumos que me está perguntar. Então não sei. Escreva aí... talvez.”

Sr. Abílio, Merceeiro, 47 anos
“Sim, sim, já ouvi falar. Acho que veio para revolucionar e deixar uma marca profunda na nossa sociedade. Verdade seja dita, já era tempo que os oprimidos tivessem uma voz, uma voz que os guie na luta contra a tirânica garra do capitalismo disfarçado de evolução natural. Eu cá gostava de me rebelar mas a minha Maria, não gosta que eu fique fora de casa até tarde.”

Aníbal, técnico auxiliar de estacionamento urbano, 23 anos a caminhar para os 92
“Ó chefe, nem me fale nisso. Passo o dia todo a levar com os escapes do automóveis. Para mim, os fumos são as espinhas do ofício...as cartilagens da profissão... sei lá.. pode vir, pode vir, pára, pára”

Michael Jackson, babysitter, 18 anos como negro e 20 como branco
“ Yeeeeehiiiiiii”

Ermelinda, porteira, 42 anos
“Pois, pois... isso deve ter alguma coisa a ver com aquela porca do 1º esquerdo. Essa lambisgóia está sempre a deixar o lixo nas escadas. Não é que eu goste de me meter na vida alheia mas essa coisa dos blogs, parece coisa de maricas”

George Bush, marioneta política, demasiados anos
“We are convinced they have weapons of massive irony and are ready to use them.”

PN