quarta-feira, outubro 13, 2004

Herrar é umano

Estava eu a cozinhar uma refeicão romântico-sofisticada de influência francesa, como habitualmente, quando vejo uma discussão saudavél na 2 entre médicos com posicões contrárias sobre a questão da descriminalização das drogas. Foi deveras pedagógico pois, por exemplo, fiquei a saber que o doutor que se opõe à descriminalização, não se importa que o povo sofra mais devido à impureza das drogas, que resulta do maior controlo e consequente aumento do preço (entenda-se o sofra mais como horas extraordinárias para os desempregados da construção civil que trabalham agora em cemitérios). Isto porque, segundo ele, está provado que o número de dependentes diminui com a criminalização, como a famosa e relevante lei seca o demonstrou nos anos 20.
E tambem é claro que um estudo com conclusões contrárias, feito na Suiça no ano 2000, não é nada pr'aqui chamado visto os países terem realidades bastante opostas !!? (povo suiço: cambada de cobardes ricos, sem cultura que vive à custa das contas bancárias de taxistas e trabalhadores de leste).

Após a conversa, o programa termina com um video onde um jovem todo giraço decide experimentar erva e ecstasy numa noite de mais devaneio. Assim fiquei a saber que esta mistura do demónio provoca no jovem um aumento da pressão arterial, aumento da temperatura corporal, tensão muscular, hipotermia e um forte ranger de dentes, para além do já conhecido aumento exponencial do pénis e pêlos nas orelhas. Para terem uma ideia visual disto, imaginem o Paulo Pires a transformar-se num touro de Pamplona, no meio do estádio da Luz. Fiquei no entanto sem saber quais os sintomas associados ao ecstasy e à erva quando tomados em separado, ou, com absinto.

NG