quarta-feira, novembro 30, 2005

Renascer das cinzas

“Mais benefício fiscal para abate de veículos com 15 anos”

Pois é, como vem sendo hábito no nosso país faz-se tudo à grande e à francesa. Quer dizer, à francesa nem por isso, visto que os jovens franceses nem sequer tiveram direito a um subsídiozito para a aquisição da gasolina dos cocktail molotov.
Ainda dizem que não se oferecem condições para a juventude portuguesa singrar neste mundo da globalização.

terça-feira, novembro 29, 2005

O Crucimóvel

Ele há coincidências do camandro. Mas já lá vamos.
Antes gostaria de mencionar a notícia do Público com o seguinte título: “CDS pede esclarecimentos ao Governo sobre a retirada de crucifixos das escolas”. Ciente da importância deste assunto, posso desde já adiantar que de acordo com as minhas fontes se tratou de uma operação simples envolvendo apenas dois funcionários, uma chave de fendas Merkur e um qualquer pequeno escadote, e que com a excepção de um ligeiro desequilíbrio por ocasião do terceiro degrau e alguma ferrugem num dos parafusos não se registaram dificuldades de monta.
Pronto, pronto, esta parte era a brincar.
Na realidade, o que CDS quer é garantir que com este cumprimento da lei “ninguém está a promover uma guerra religiosa, nefasta e completamente desajustada aos sentimentos dos portugueses e às necessidades do país”.
Pronto, esta parte também era a brincar, mas desta vez a responsabilidade é do CDS/PP.
Pois é que chatice, surpresa das surpresas, vivemos num Estado Laico cuja lei e Constituição definem que não se podem exibir símbolos religiosos nas instituições públicas.
Esperemos sinceramente que esse partido político não padeça de tais dificuldades intestinais noutras situações em que se tente fazer cumprir a legislação em vigor.

Por coincidência (sim, sim, agora é que vem a ligação com o começo do post), e por cima da notícia anterior vem outra referente ao despacho da Ministra da Educação que determina a obrigatoriedade da Educação Sexual nas escolas. Outra matéria a que o CDS/PP é sensível por considerar que essa é uma função da família, evitando-se desse modo que alguns jovens possam ter uma vida sexual saudável. Ou pior ainda que desenvolvam alguma tolerância, cruz credo!

No fundo resume-se tudo a uma questão de localização, de saber o que é que fica em casa e o que vai para a escola. Infelizmente para os Populares hoje trocaram-lhes as voltas. Realmente há dias em que um partido político não devia sair de casa, mas ainda não foi desta que tivemos essa sorte.

quinta-feira, novembro 24, 2005

♪♫ é o marketing, é o marketing ♫ vou te enganar, político não sou ♫♪

Tenho recebido centenas de e-mails de leitores ansiosos por saber a minha opinião sobre o cartaz de Cavaco Silva. Pronto, vá lá, não foram assim tantos…ok, ok, não recebi nenhum, mas estava com dificuldades em decidir sobre o modo de iniciar este post.

Relativamente ao cartaz confesso ter uma opinião algo ambígua. Concordo inteiramente com a opção de não incluir uma fotografia de Cavaco no cartaz, tanto por razões de senso comum como por razões científicas. A primeiras assentam no facto comummente aceite que o eleitorado não reage bem a agressões, mesmo que visuais, e as segundas com base nos resultados da experiência encomendada pelos responsáveis de marketing da campanha. Essa experiência consistia em analisar as reacções de um grupo de 20 crianças quando expostas à imagem do ex-primeiro-ministro, revelou que 19 delas registaram distúrbios acentuados do padrão de actividade neurológica, seguida de um choro compulsivo, enquanto que a outra criança manifestou felicidade extrema e proferiu a palavra “mamã”. Este último caso deixou os cientistas perplexos sem saberem como é que Marques Mendes se havia infiltrado no grupo de estudo.

Por outro lado, considero a escolha do slogan “Portugal precisa de si” um erro crasso. Não tanto pela colagem óbvia a um famoso discurso de John F. Kennedy, mas sim pela própria mensagem transmitida. O facto do país precisar da minha pessoa é revelador de que a situação actual é verdadeiramente catastrófica. É sinal de que não só estamos em maus lençóis como também o próprio colchão é de qualidade bera.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Duro de ouvido

De acordo com uma notícia que o Público avançou, Mário Soares teceu criticas às escutas telefónicas , mais especificamente ao método de autorização das mesmas. Não faltará certamente quem considere que esta atitude se prende com os incidentes que envolvem dirigentes do PS, mas cá para mim isto não passa de uma tentativa descarada de assegurar o monopólio da auscultação dos portugueses.

Tira a mão da mão do meu Senhor da Galileia

Quando parecia que a Igreja Católica havia adoptado um discurso de maior abertura relativamente à questão da homossexualidade, eis que saca de mais uma surpresa da batina.
Como esta notícia indica, a Santa Sé divulgou um documento onde anuncia a proibição da entrada no sacerdócio aos candidatos que revelem uma tendência homossexual profunda. Em oposição a uma homossexualidade à flor da pele, que no fundo é apenas mariquice.
Uma das justificações apresentadas no texto do documento prende-se com a ideia de que esta situação «representa um grave obstáculo para um relacionamento correcto entre homens e mulheres». Trata-se de argumento demolidor dado que a homossexualidade está muito mais ligada a um relacionamento cu-recto...oops...correcto entre homens.
No entanto a Santa Fé abre uma excepção a esta proibição ao contemplar a hipótese de admitir os candidatos que tenham superado «o problema» pelo menos três ânu...oops...três anos antes do seminário.
Infelizmente isso não passa duma intenção considerando que ainda ninguém inventou um remédio, do tipo “passe a pomada duas vezes por dia”, que cure a homossexualidade e permita encontrar saída dessa vida pecaminosa.
Até pelo contrário parece que existe por aí uma pomada que até facilita a “entrada”.


PS: Eu sei, eu sei, já passa um bocadinho do final da tarde. A responsabilidade é dos tipos da Superbock por não colocarem um aviso no rótulo das garrafas que alerte para o risco de perda de força motora e dificuldade na focagem do teclado do computador.

terça-feira, novembro 22, 2005

É já a seguir

Peço desculpa por ainda não ter actualizado o Fumos com um novo post, mas tenho que esclarecer que a culpa não é inteiramente minha. A verdade é que após uma manhã de reuniões com clientes só agora regressei ao talho/atelier/cabeleireiro/casa de alterne/oficina/consultório/repartição de finanças/stand de automóveis e pelo andar da carruagem só devo conseguir escrever qualquer coisa lá para o final da tarde. Não é que a qualidade dos meus textos implique dedicação ou esmero, como aliás já se devem ter apercebido, mas ainda demoro algum tempo a atingir o grau de embriaguez ideal.
Até logo. Ou até daqui a duas grades de Superbock.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Campanha janela a janela

«Farei tudo que estiver ao meu alcance para que os jovens portugueses que estão a partir para o estrangeiro, neste momento, encontrem também em Portugal uma janela de oportunidade»

Esta promessa de Cavaco revela mais uma vez o seu distanciamento da realidade portuguesa, senão vejamos:
Será que o que os jovens portugueses precisam realmente é de uma “janela de oportunidade”?
Do ponto de vista da iniciativa não restam dúvidas que as janelas se apresentam como pontos de entrada preferenciais mas não será irresponsável incentivar actos criminosos? E no que diz respeito às perspectivas de emprego será sensato apontar a janela como solução quando a constatação da realidade laboral inspira estados depressivos?

sábado, novembro 19, 2005

Dominíó Mundial


Numa iniciativa inédita o Fumos resolveu lançar um conjunto de dominó que ostenta os indíviduos procurados por crimes contra a humanidade. Esta iniciativa será complementada por uma oferta de 5 a 10 euros como recompensa por informações que levem à captura da pandilha Bush. É verdade que se trata de uma quantia modesta mas que já faz diferença no orçamento dos principais destinatários desta oferta, os reformados portugueses frequentadores de tascas.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Críticas duras mas não muito

Mário Soares diz que Presidente não pode ser alguém "hirto e distante"

Como hoje em dia tudo o que Soares diz tem o Cavaco como alvo o Fumos procurou saber quais as reacções do ex-primeiro-ministro. Infelizmente este não nos pôde receber por se encontrar em amena cavaqueira (olhó trocadilho fresquinho) com responsáveis da Associação Portuguesa de Mimos, contudo conseguimos obter as seguintes declarações de Maria Cavaco Silva:
«Antes de mais queria que ficasse bem claro que não me envolvo na campanha presidencial mas tenho que esclarecer que as críticas de Soares não se aplicam minimamente ao meu Aníbal. O facto de dormirmos em camas separadas não implica que o meu marido seja “distante”, visto que até fui eu quem insistiu nesse arranjo dado que tenho dificuldades em adormecer com migalhas de bolo-rei entre os lençóis. Quanto a ser “hirto” posso garantir que o Aníbal não o é faz muito tempo.»

Excesso de zelo

Sempre que o Agente Barbosa via o caso mal parado passava uma multa de estacionamento.

quarta-feira, novembro 16, 2005

A Galinha do Vírus de Ouro

Encontrava-me eu a perscrutar os arquivos (atenção não tentem isto em casa) aqui do tasco com o propósito de identificar o momento em que me desviei do mote inicial deste blogue, a divulgação das técnicas de pastorício do gado autóctone da Ásia Central, quando constatei uma falha imperdoável. Por mais que esquadrinhasse a produção literária (hahaha esta está boa) que compõe o historial do Fumos não consegui descortinar uma teoria da conspiração digna desse nome. Peço desculpa por esta omissão e procedo de imediato à reparação desse erro:

Serei eu o único a relacionar o alarmismo mediático em torno da gripe das aves com os interesses da indústria farmacêutica? (reparem no meu domínio da técnica conspirativa ao recorrer à indagação dos leitores. Um verdadeiro clássico)
Com os lucros astronómicos que se adivinham com o incremento das vendas de vacinas gripais e com as encomendas governamentais na ordem dos milhões de doses, é mais que plausível equacionar a existência de uma cabala de dimensões globais.
É verdade que longe vai o tempo em que as repercussões do sexo com galinhas se restringiam, na pior das hipóteses, a umas ocasionais bicadas na genitália, mas ainda estão para ver a luz do dia as provas cabais da disseminação da doença entre os humanos que levaria a uma eventual pandemia.
A meu ver o plano de prevenção pode perfeitamente restringir-se a algumas simples precauções que se podem tomar, tais como: não cantar de galo, abster-se de fazer referências ao órgão genital feminino como passarinha ou periquita, evitar bater as asas daqui para fora, ter pena dos coitadinhos, etc… E nunca é demais relembrar que neste momento mais vale ter dois pássaros a voar do que um na mão.

Para terminar, e porque nenhuma teoria da conspiração que se preze fica sem apresentar vítimas, é de realçar que esta especulação acerca da gripe das aves afecta gravemente os produtores aviários, bem como os instrutores brasileiros de Capoeira. Já para não falar da queda vertiginosa das vendas de WC Pato que se registou um pouco por todo o país.

Um grande bem haja e não se esqueça que quem conspira seu inimigo é.

Antivérbio #10

Quem tem cu tem medo.
Quem não tem não caga tão cedo.

terça-feira, novembro 15, 2005

Incongruências mecânicas do fumo

Depois de aprender a travar o fumo, nunca mais conseguiu parar de fumar.

segunda-feira, novembro 14, 2005

O braço curto da Lei

Uma das soluções apontadas para garantir a segurança nos bairros mais complicados passa por se practicar um policiamento de proximidade. Infelizmente em Portugal a aplicação desta solução revela-se difícil por razões orçamentais. É que feitas as contas não sobram fundos para trocar os cassetetes actuais por outros mais curtos.

Uma imagem vale por mil palavras

Raras são as ocasiões em que um homem experiencia o medo como o que senti neste Sábado passado. Ora bem, caminhava eu pelas ruas de Lisboa, ainda incauto e determinado, quando um intenso cheiro a queimado penetrou as minhas cavidades nasais. Seria possível que os motins parisienses se tivessem alastrado à cidade que me viu nascer? Quando a minha imaginação já congeminava imagens de violência e destruição descontroladas, qual não foi o meu susto ao aperceber-me que afinal o fumo provinha das velas da procissão da imagem da Nossa Senhora de Fátima.
Não é que eu tenha algo contra procissões, ou contra a Nossa Senhora, mas para manifestações de fé cega e aclamação de Fátima já me bastaram as eleições autárquicas em Felgueiras.
Contudo parece que a procissão foi emocionante, com os milhares de devotos em lágrimas a acenar lenços brancos à passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Apesar dos lenços brancos o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, já fez saber que tem plena confiança nas capacidades da Virgem e que conta com ela para a próxima temporada.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Dor de articulação

Se existe coisa que me indigna profundamente é o facto de os Gato Fedorento não escreverem nada de jeito à cerca de 6 meses e terem actualmente cerca de 800 visitas diárias, enquanto que eu que nunca escrevi nada de jeito raramente consigo passar a centena de visitas!

quinta-feira, novembro 10, 2005

Já chega de bater na ceguinha

Numa fase em que a Justiça portuguesa já se encontra fragilizada pela contestação e críticas vindas de todos os quadrantes parece que nem os elementos naturais lhe dão tréguas:

“As instalações do Tribunal de Trabalho de Viana do Castelo foram ontem encerradas por questões de segurança, depois de a forte chuva que caiu durante a manhã ter provocado várias inundações e o desabamento parcial do tecto.”


Uma situação que deverá ser ultrapassada rapidamente visto que a Justiça portuguesa já está habituada a meter água.
Entretanto e apesar do perigo de desabamento os arguidos do Caso da Casa Pia pediram a transferência do seu julgamento para este tribunal com a esperança de apanharem alguma chuva miúdinha.

Quando a vida imita a ficção

Depois de ter alcançado o Nobel da Literatura José Saramago lança-se agora à conquista do Nobel da Física com os seus estudos no domínio da distorção espacio-temporal e desfasamento da matéria.
Quer dizer não é bem isso, o que se passa realmente é que, de acordo com esta notícia, Saramago integra simultaneamente as comissões de apoio a Soares e a Jerónimo Sousa.
Um caso evidente de Homem Duplicado que enfiado na su'A Caverna desenvolve um Ensaio sobre a cegueira.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Antivérbio #9

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
A menos que tenhas tendências suicidas ou prisão de ventre.

terça-feira, novembro 08, 2005

Divina Comédia

Caminhava eu hoje pela rua, incauto mas determinado , quando me vi confrontado com aquela que é talvez a situação mais temida nos inseguros meios urbanos. Pois é, como já devem ter adivinhado fui abordado por uma ginasta sueca ninfomaníaca que acabara de cumprir 3 anos de prisão por exibicionismo e múltiplos acto sexuais na via pública...naaaa, estou a reinar convosco, isso foi o que aconteceu ontem, hoje fui abordado foi por uma Testemunha de Jeová.
É claro que esta não é uma situação merecedora de destaque, pelo menos não mais que uma praga de gafanhotos na fase do cio, mas o que motivou este post foi a abordagem em causa:
Fixando os olhos na presa incauta (eu) o predador implacável (a Testemunha de Jeová) lançou-se numa perseguição desenfreada (pequenos passos estugados) pronto a cravar as garras (livrinhos com ilustrações idílicas) no lombo exposto (a minha paciência limitada) emitindo um rugido ensurdecedor (“Jovem, posso deixar-lhe uma mensagem?”) mas numa ágil manobra (“Desculpe, mas agora não tenho tempo”) a presa conseguiu escapar (caminhar pela rua) da morte certa (perda de minutos preciosos).
Sim, eu sei, até aqui nada de novo, têm toda a razão, o problema é que mais tarde apercebi-me da oportunidade de ouro que havia deixado escapar. Quem me dera poder voltar para trás no tempo e ter respondido: “Claro que pode deixar uma mensagem, mas só após o sinal divino”.
Enfim, mais um magnífico momento de Walking-around Comedy que se perdeu para sempre.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Antivérbio #8

A pensar morreu um burro.
Ainda mais trágico seria se ele estivesse pensar na morte da bezerra.

Antivérbio #7

A cavalo dado não se olha o dente.
Especialmente no caso dos heroinómanos.

Antivérbio #6

Para grandes males grandes remédios.
Mas com supositórios a coisa complica.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Antivérbio #5

Depois da tempestade vem a bonança.
Já para não falar da Tranquilidade, Allianz, Fidelidade, AXA, etc...

Antivérbio #4

Amor com amor se paga.
Aconselha-se é a não fazer fiado.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Caça ao Coelho

Apesar de estar habituado à exploração antecipada da época natalícia, qual não foi a minha surpresa ao dar de caras com a notícia: “Lista de prendas de empreiteiro leva PJ a casa de Jorge Coelho”.
E o que é que isto tem a ver com a epóca natalícia?
É que por esta altura o dirigente do PS já deve ter saudades do tempo em que a única entidade suscitada a aparecer devido a uma lista de prendas era o Pai Natal. Por falar nisso, se calhar é melhor reformular a minha lista de pedidos ou ainda me arrisco a ter a Divisão de Combate ao Narcotráfico à porta de casa.
Mas voltando ao assunto anterior. A notícia refere que a busca efectuada à residência de Jorge Coelho visava a apreensão de uma prenda, mais especificamente um tabuleiro de xadrez, que o empreiteiro Américo Santo teria oferecido como contrapartida para eventuais favores. O que vale é que a Procuradoria Geral foi expedita a clarificar que a busca "não assentou em suspeitas que pudessem existir de ilícito criminal imputável ao Sr. Dr. Jorge Coelho", porque senão ainda aparecia algum espertinho a fazer piadolas com a possibilidade de Coelho ir parar ao "xadrez" por causa do xadrez.

Antivérbio #3

Cão que ladra não morde.
Pelo menos em simultâneo.

Antivérbio #2

Cá se fazem, cá se pagam.
No Governo se fazem, por todo lado se paga.

Antivérbio #1

Quem anda à chuva molha-se.
Quem fica parado também, mas pelo menos não se cansa tanto.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Proximizade

Proximizade

Proximidade e mão amiga. "Proximizade", feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que se sabe e ao que se vê.
Aqui, já está a acontecer.


Porque temos de ser uns para os outros e outros para uns...ou será um por todos e todas para um? Na, isso já sou eu a fantasiar.

terça-feira, novembro 01, 2005

Descanso productivo

Com a antiga ponte destruída o rio tornara-se num obstáculo intransponível. O desvio necessário para o contornar punha em causa todo o esforço desenvolvido até então. Como a urgência da tarefa não tolerava quaisquer atrasos e a força anímica dos envolvidos estava prestes a esgotar-se, tudo parecia indicar que aquele era o fim inglório do longo percurso da caravana de ajuda humanitária.
Foi então que o responsável máximo chamou um dos seus colaboradores:
- “Temos que encontrar um meio de atravessar este rio, já! Arranje-me um português imediatamente!!”
- “Um português, comandante?? Porquê um português? Eles são assim tão bons engenheiros ou está apenas a contar com o seu famoso sentido de desenrascanço para produzir uma solução?”
- “Nada disso. Vai ver que basta decretar feriado para o dia de amanhã que temos uma ponte num instantinho”.