sábado, outubro 16, 2004

Silêncio de Ouro

Parece que os poderes de censura da coligação, começaram a entrar no campo do sobrenatural ou extrasensorial.

Explicar-me-ei.

Comecei a ponderar a hipótese de escrever sobre os acontecimentos recentes da nossa sociedade. Mais especificamente os relacionados com o que aparenta ser um retrocesso na nossa caminhada democrática, o caso Marcelo Rebelo de Sousa e TVI.

E eis que, a minha ligação da internet sofreu um ataque devastador de origem desconhecida. Após estabelecer contacto com todos os meus conhecimentos ao nível de agências secretas (tão secretas que ainda não sabem que existem) e organizações de reputação dúbia (tão dúbias que nem nelas próprias confiam), ainda nada consegui apurar de definitivo. Mas as minhas suspeitas assentam neste momento num programa governamental, que consiste em treinar esquilos a roer fios telefónicos. Conclusão, o costume.

No entanto, através de subterfúgios dignos de um Macgyver informático, consegui fazer chegar a vocês esta mensagem (é impressionante o que se que consegue fazer com um palito e uma azeitona meio comida).

Vamos ao que interessa. Não é que é que a existência de censura subordinada aos mais diversos interesses me surpreenda, mas pelo menos existia encapotada. Agora temos um ministro dos Assuntos Parlamentares , Gomes da Silva, a proferir opiniões sobre um comentador político que desencadearam uma pressão por parte de Paes do Amaral, Presidente da Media Capital , para que Marcelo moderasse os seus comentários (presumivelmente aqueles relativos à actuação do Governo) no Jornal Nacional. Marcelo resolveu afastar-se.
Não é que Marcelo seja verdadeiramente uma vítima, dado que o aproveitamento político deste incidente trará provavelmente frutos, mas poder-se-á ter aberto feridas na nossa já frágil democracia.
De igual modo preocupante será a eventual relação entre a procura de um canal de televisão pelo Grupo PT (com as suas ligações ao Governo na figura de Luís Delgado, jornalista responsável pelo sector mediático do Grupo) com este incidente.
A situação levou a um convite a Belém para Marcelo, onde o nosso Presidente da República lhe terá perguntado onde arranjava as gravatas folclóricas.

Por falar nisso, Senhor Presidente, se me quiser chamar por causa do meu incidente, estou livre na quarta-feira e posso levar uns croquetes.

Como conclusão, quero assegurar aos nosso assíduos leitores que nós não cederemos a pressões de qualquer tipo. A nós não nos cal............

PN