O Fascinante Mundo dos PN VI
Outra das questões que têm intrigado a comunidade científica prende-se com a possibilidade dos PN poderem viver sentimentos que extravasem a esfera dos instintos mais básicos.
Chegou então a altura de elucidar mais este aspecto da realidade PNiana, libertando desse modo os esforços dos cientistas para matérias menores como o desenvolvimento da energia nuclear segura e não poluente, a descoberta da elixir da juventude eterna e a solução para os penteados dos deputados do CDS/PP.
Com vista a atingir uma compreensão mais aprofundada da matéria torna-se imperativo derrubar um dos grandes mitos da actualidade.
É deveras impressionante a disseminação da ideia de que os génios são indivíduos irascíveis e emocionalmente inacessíveis. Ora, visto que o PN exibe um trato dócil e é conhecido por derramar uma ou outra lagrimazita durante o visionamento de episódios antigos do McGyver, podemos deste modo concluir que o PN é, no fundo, um pateta.
E pronto, é assim que cai por terra o mito da inteligência superior do PN, apesar do seu aparente domínio da Lógica Linear.
Outro exemplo indicador da sensibilidade de um PN relaciona-se com as suas vocalizações. Pródigo em expressões como “arrefinfar bordoadas” para referir as interacções com o outro sexo, a verdade é que também não diz não a um “doce afogar nas vagas da ondulação dos corpos num mar de lençóis”.
Após havermos estabelecido a sensibilidade desse marinheiro de água doce resta-nos colocar a mais essencial das questões: será um PN capaz de amar?
A análise dos fragmentos fossilizados do seu coração permite concluir uma existência conturbada, sendo mesmo possível identificar distintos períodos de elevada actividade vulcânica, alternando com longos períodos glaciares que quase ditaram a extinção de sentimentos amorosos.
Contudo, nada está perdido visto que a comunidade científica, em particular as cientistas suecas, depositam elevada esperança no ressurgimento da actividade amorosa, recorrendo à aplicação de inovadoras técnicas apoiadas nos mais recentes avanços tecnológicos na área da Massagem Tailandesa.
Resta-nos então esperar que esta investigação dê os seus frutos para podermos testemunhar de novo o magnífico espectáculo da natureza que é um PN em pleno enamoramento. Espectáculo esse capaz de rivalizar com as mais violentas erupções do Etna, e nem sequer me refiro à mariquice que foi Pompeia na temporada 79 d.C.
P.S. – Após a constatação do potencial pertúrbio do correcto desenvolvimento mental dos jovens portugueses de uma determinada novela de produção nacional, a que (para nos salvaguardar de eventuais processos por calúnia) nos iremos referir como "aquela palhaçada dos frutos silvestres com adoçantes, optámos pela descontinuidade da envolvente história do triângulo amoroso Marineíde /Adilneu/Cleúsa. Até porque com os fenómenos miméticos corre-se o sério risco de que a selva amazónica (vide post anterior) fique atolada em garrafões de tintol, latas de atum e papel higiénico usado.
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