Seringas ou não seringas, eis a questão
A Toxicodependência é actualmente encarada como um dos maiores flagelos que afligem a nossa sociedade.
Na minha humilde opinião trata-se duma visão demasiado negativista da questão. É sobejamente conhecido o seu potencial para enfraquecer, ou mesmo destruir, o nosso frágil tecido social, mas também não é propriamente a programação matinal das televisões portuguesas.
Não obstante, tenho plena consciência de que são inúmeros os jovens afectados por problemas com as drogas. Problemas como a dificuldade de aquisição devido à deficitária rede de distribuição, ou a fraca qualidade dos produtos visto dada a inexistência de homologação por entidades competentes.
É por tudo isso que vejo com bons olhos a implementação das Salas de Chuto. Um passo importante para garantir a saúde pública e acabar com fenómenos de ghettização e degradação de alguns bairros, mas que ainda necessita de clarificação adicional.
Se bem que a maioria da população já saiba que não se tratam de locais para a reabilitação de futebolistas (com a excepção do Maradona), falta ainda esclarecer alguns aspectos destas estruturas.
Como é que as coisas se vão passar a nível de entretenimento? Música ao vivo, karaoke ou o CD’zito na aparelhagem?
Disponibilizam-se aperitivos? Se sim, haverá escolha entre pipocas, amendoins ou os belos dos tremoços? Com sal ou sem sal?
E quanto ao consumo mínimo obrigatório, hum?
São questões como estas que necessitam de resposta imediata, caso contrário, arriscamo-nos a embarcar em mais medidas inconsequentes.
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