quarta-feira, março 29, 2006

Soluções arbitrárias

“Um milhão de euros anuais para combater a cegueira”

Apesar de se tratar de uma quantia considerável não quero adiantar conclusões sem ter pleno conhecimento do orçamento do Futebol Clube do Porto para a próxima época.

terça-feira, março 28, 2006

Menina Mimada

Obviamente que não podia deixar passar em branco uma efeméride de tamanha magnitude, como o aniversário de uma das bloggers mais “desbocadas” aqui da praça. Uma moçoila com o coração perto do teclado, ou teclado junto do coração, não sei bem - isto da informática nunca foi o meu forte.

Parabéns.


E tal como era teu desejo aqui fica um mimo:




Espanta-me o facto de teres pedido um destes, pessoalmente irritam-me, mas enfim a menina é que sabe. Só espero é que não seja uma insinuação de que os homens estão bem é calados.
Ah, e desculpa-me pelo atraso, é que para tirar o tipo da caixa de vidro imaginária foi um ver se te avias.

sexta-feira, março 24, 2006

Deitar os foguetes antes da festa

Contrariando o que aparenta ser a opinião generalizada, queria aproveitar para expressar o meu acordo com a posição do PSD-Madeira relativamente à comemoração do 25 de Abril. Não seria melhor esperar que a democracia chegue à Madeira para proceder aos festejos?
Nestes casos o melhor é não colocar o carro à frente dos bois. Mesmo que estes sejam do PSD-Madeira.

quinta-feira, março 23, 2006

Oprah esta desgraça que por aí vai

Quem de entre nós nunca se interrogou sobre a razão de sucesso das telenovelas e dos talk-shows?
Provavelmente aqueles com alguma réstia de interesse na vida, já para não falar de uma actividade sexual superior à de um pneu recauchutado. Contudo, e sem que daí se tirem ilações, esse sucesso é uma questão que sempre me intrigou.
O que leva seres humanos, aqui emprego o termo no sentido lato, a sujeitar-se voluntariamente à presença de um Malato ou de um Manuel Luís Goucha, quando existem formas de suicídio bem mais meiguinhas? Que motivações hediondas conduzem pessoas, mais uma vez o sentido lato, a assistirem a um José Figueiras ou uma Fátima Lopes mesmo não sendo prisioneiros em Abu Ghraib?
Se calhar estou a ser maldoso. Talvez devesse ter uma atitude mais compreensiva porque, como se costuma dizer, ainda posso vir a ter um filho como eles. Mesmo que não tencione manusear materiais radioactivos nos próximos tempos.
Retomando o assunto anterior, eis que quando já perdia a esperança me deparei com a notícia de um estudo que pode esclarecer esse mistério. Nesse estudo, desenvolvido pela Southern Medical Association, foram analisadas a capacidades cognitivas de mulheres entre os 50 e 79 anos de idades. Pessoalmente tinha optado pelo estudo da elasticidade de mulheres entre os 20 e 35 anos de idade, mas nem todos nos podemos centrar nas grandes questões.
Uma das conclusões mais interessantes foi a de que as mulheres com preferência por telenovelas e talk-shows revelavam indicies de raciocínio e retenção de memórias 7 a 13 vezes inferiores às que optavam por outro tipo de programação.
Apesar disso, os responsáveis pelo estudo afirmaram não ser possível estabelecer relações de causalidade entre os factores. Contudo, é a minha opinião médica (contrastante com a minha opinião de marceneiro) de que estamos perante um caso típico de “Síndroma do Peixinho Dourado”. Só mesmo com um ciclo de memória a curto prazo de 2 a 3 segundos é que se compreende a reincidência das audiências desses programas.
Naa, estou a brincar, nem mesmo assim. Enfim, o mistério continua.

segunda-feira, março 20, 2006

De Segunda a Sesta

“Sesta diminui risco de acidentes no trabalho”

Passa a haver ali mais uma hora, hora e meia, em que quase não se verificam acidentes.

sábado, março 18, 2006

Graus de Amor

Sempre me considerei deveras romântico, para além de um adepto entusiasta do entrelaçar dos corpos, mas nunca apreciei muito a conversa das almas gémeas. De certo modo até a considero um pouco pecaminosa. Se ainda fossem umas almas primas em terceiro grau ainda vá que não vá, caso contrário trata-se claramente de incesto.

quinta-feira, março 16, 2006

Justiça Cega ou feita em bocadinhos, vá lá.

Ainda não tive a oportunidade de referir que considero o julgamento de Saddam Hussein similar à situação da Justiça portuguesa. Quer dizer, ter a oportunidade até tive, não me tinha era lembrado de começar um post de forma tão cretina como esta. Passo a explicar em termos mais técnicos: o arrastar do processo do ex-ditador iraquiano assemelha-se (é agora que vem a parte técnica) “comó caraças” aos julgamentos nos tribunais portugueses. Ainda que se registem menos atentados a juízes e advogados. Ou seja, nem isso os safa.
Mas nem sequer era sobre as mortes que eu queria falar, mas sim sobre o mais recente desenvolvimento do julgamento presidido pelo juiz…esperem um bocadinho…sim, ainda está vivo…pelo juiz Rauf Abdel Hadi.
Ao que tudo indica, mais especificamente a notícia que acabei de ler, Saddam apelou durante a sessão de ontem à união dos iraquianos contra os invasores estrangeiros, sendo que para esse efeito relembrou os seus esforços pessoais para unir os seus compatriotas, nomeadamente com a implementação de medidas como as valas comuns.
Entretanto, impressionado com a estratégia de defesa de Milosevic no seu julgamento por genocídio, Saddam já começou a sentir umas pontadas no rim esquerdo.

quarta-feira, março 15, 2006

Mercado de algemas e mordaça

Surgiu finalmente uma notícia reconfortante para os eleitores de esquerda que se sentem desfalcados devido ao pendor liberal que o governo tem revelado no domínio da economia. Ainda que fiquem por responder diversas questões relativas às privatizações, é com bons olhos que vejo o governo a impor limites às OPA’s hostis:

“Governo quer criminalizar clientes de prostituição forçada”

terça-feira, março 14, 2006

Temporada artística na Assembleia da República

Foi com consternação que me vi impossibilitado de acompanhar a transmissão da tomada de posse do Presidente da República (aaargh) Cavaco Silva. Enfim, uma questão de prioridades que assim o ditou. Afinal alguém tinha de estudar o ritmo de crescimento das ervas daninhas no terreno baldio junto à estação ferroviária da Rinchoa. Com a agravante de que dado o grau de concentração necessário nem sequer me foi possível seguir o relato pelo rádio de pilhas. É tramado.
Ainda por cima, e ao que tudo indica, esta foi mesmo uma das melhores tomadas de posse de sempre. Parece que incluiu a actuação da banda sem chefe e uma elaborada coreografia de Pina Bausch, em que os dançarinos aplaudiam ora de pé, ora sentados. Ou ambos. Ou nenhum deles.
Isto tudo seguido da declamação do poema desconstrutivista: “Estabilidade Dinâmica”. Em suma, tratou-se de um verdadeiro regalo para os sentidos e para a alma, apenas manchado pelo facto de não estarem reunidas as melhores condições para os cidadãos de terceira idade. Alguns desses, confrontados com uma espera de até 4 horas, chegaram mesmo a desistir.
Foi realmente uma pena não o ter podido testemunhar. Olha, fica para a próxima.

quinta-feira, março 09, 2006

Mais vale só que pessimamente acompanhada

Como os leitores do Fumos estão habituados ao meu elevado sentido de intervenção cívica devem ter estranhado o facto de ontem não ter assinalado o Dia Internacional da Mulher.
Claro que podia justificar o sucedido com a minha convicção que se trata de um paternalismo bacoco e que seria mais importante trabalhar o ano inteiro para atingir a igualdade de sexos no que respeitante às actividades laborais e sociais.
Prefiro contudo, admitir a verdade e confessar que o meu lapso se deve à nostalgia que me inspira a data. Na realidade, e estabelecendo um paralelo com as iniciativas para combater a poluição automóvel, o dia de ontem foi mais do tipo Dia Internacional Sem Mulher. É que, e correndo o risco de isto se transformar na Década Internacional Sem Mulher, no fundo trata-se dum preço baixo para garantir o fim do sofrimento de pelo menos uma mulher.

P.S.: Não pensem que este post se destina à angariação de lutas greco-romanas entre lençóis de cetim. Por isso escusam de enviar as ofertas de consolo para: desesperado@not.so.hotmail.com

terça-feira, março 07, 2006

A lâmpada fundida do Iluminismo Francês

Cada vez mais verifico que sou o único gajo atento à actualidade. E se para alguns isso até poderia ser visto como algo positivo, pessoalmente considero que está na altura de arranjar um dealer melhor.
Refiro-me, claro, à visita a Portugal de Nicolas Sarkozy, o ministro do Interior francês. Então não é que, num encontro com António Costa, este colocou à disposição de Portugal a experiência francesa com bairros problemáticos, esclarecendo ainda que os motins registados no seu país não são um fenómeno nacional, mas sim um problema europeu.
Aliás, deve ser por essa razão, que a ajuda inclui a oferta de um exemplar do livro da sua autoria: “Cem maneiras de dizer Escumalha nas diversas línguas europeias”.
Se até aqui nada de insólito, pelo menos na perspectiva de políticos sujeitos a uma lobotomia com espigões enferrujados, o interessante é que neste encontro também se discutiu a elaboração dum acordo para a cooperação no combate a incêndios.
À luz da lógica anterior, deve ser para o combate aos incêndios nas viaturas vítimas do “know-how” francês.
Não será que se poderia fazer uma analogia entre esta situação e a de um médico que após receitar obstipantes, recomenda entusiasticamente a toma de laxantes? Claro que sim, mas isso seria de mau gosto.
Apesar disso, nem tudo nesta visita foi de uma nulidade de fazer inveja a Nietzsche. Sarkozy ainda aproveitou a ocasião de um encontro com Cavaco Silva para elogiar o “notável resultado” eleitoral por ele obtido. Se é verdade que não se tratou propriamente de um glorioso 50,7%, mesmo assim não deixou de ser deveras impressionante.

sexta-feira, março 03, 2006

Déficit Securitário

Foi notório o aparato de segurança mobilizado por ocasião da recente visita de George Bush à Índia. A força destacada chegou a incluir helicópteros e viaturas blindadas, já para não mencionar os mais de 5000 efectivos presentes. E dentro destes, menciono ainda menos os atiradores de elite posicionados nos telhados dos edifícios.
Está-se mesmo a ver que com uma operação desta magnitude não faltarão com certeza acusações de excesso de zelo.
Pessoalmente, até acho que se pecou por defeito. Considerando que a população indiana já passou por tantas provações, todos os esforços para a proteger do presidente americano terão sido insuficientes.
Temo, inclusive, que os atiradores de elite enfrentaram dificuldades acrescidas visto que, tendo em conta a capacidade cerebral do George, sempre tinham menos um orgão vital para atingir.