Oprah esta desgraça que por aí vai
Quem de entre nós nunca se interrogou sobre a razão de sucesso das telenovelas e dos talk-shows?
Provavelmente aqueles com alguma réstia de interesse na vida, já para não falar de uma actividade sexual superior à de um pneu recauchutado. Contudo, e sem que daí se tirem ilações, esse sucesso é uma questão que sempre me intrigou.
O que leva seres humanos, aqui emprego o termo no sentido lato, a sujeitar-se voluntariamente à presença de um Malato ou de um Manuel Luís Goucha, quando existem formas de suicídio bem mais meiguinhas? Que motivações hediondas conduzem pessoas, mais uma vez o sentido lato, a assistirem a um José Figueiras ou uma Fátima Lopes mesmo não sendo prisioneiros em Abu Ghraib?
Se calhar estou a ser maldoso. Talvez devesse ter uma atitude mais compreensiva porque, como se costuma dizer, ainda posso vir a ter um filho como eles. Mesmo que não tencione manusear materiais radioactivos nos próximos tempos.
Retomando o assunto anterior, eis que quando já perdia a esperança me deparei com a notícia de um estudo que pode esclarecer esse mistério. Nesse estudo, desenvolvido pela Southern Medical Association, foram analisadas a capacidades cognitivas de mulheres entre os 50 e 79 anos de idades. Pessoalmente tinha optado pelo estudo da elasticidade de mulheres entre os 20 e 35 anos de idade, mas nem todos nos podemos centrar nas grandes questões.
Uma das conclusões mais interessantes foi a de que as mulheres com preferência por telenovelas e talk-shows revelavam indicies de raciocínio e retenção de memórias 7 a 13 vezes inferiores às que optavam por outro tipo de programação.
Apesar disso, os responsáveis pelo estudo afirmaram não ser possível estabelecer relações de causalidade entre os factores. Contudo, é a minha opinião médica (contrastante com a minha opinião de marceneiro) de que estamos perante um caso típico de “Síndroma do Peixinho Dourado”. Só mesmo com um ciclo de memória a curto prazo de 2 a 3 segundos é que se compreende a reincidência das audiências desses programas.
Naa, estou a brincar, nem mesmo assim. Enfim, o mistério continua.
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