sexta-feira, abril 28, 2006

O Fascinante Mundo dos PN I

A primeira pergunta que se impõe é: como identificar um PN?
Apesar de ser extremamente difícil encontrar um PN fora do seu habitat natural, existem algumas raras ocasiões em que este magnífico exemplar da criação divina foi avistado longe de alcovas recheadas de suecas doutoradas na arte de satisfazer um homem. Ou dois.
Contudo, a raridade dessas ocorrências levou a profundas divergências na descrição das suas características físicas, mesmo entre os especialistas na matéria.
Desde um antropólogo que o descreve como sendo uma empregada doméstica cinquentona originária da Bavária Ocidental, até uma empregada doméstica cinquentona que o identifica como um antropólogo, muitas são as ideias erradas que se criaram acerca do PN.
No entanto, e após diversos anos de estudo exaustivo, seguidos de dois meses de estudo assim-assim, o conceituado enólogo Dr. Igor Abramotintov foi quem mais se aproximou da realidade: “Consegui determinar que o PN provêm da colheita de 76, mais especificamente 15 de Janeiro de 1976, duma casta típica da região lisboeta. Apresenta uma cor pálida, e o seu complexo paladar surpreende pela suavidade e um certo aveludado que estimula as papilas gustativas como quem quer festa. Com um súbtil aroma a cannabis maduro, o PN deve ser servido a 180º graus de inclinação e preferencialmente em lençóis de cetim.”
Não obstante alguma exactidão que revela na sua leitura, a referência que Abramotintov faz ao aroma a cannabis como sendo súbtil, é porventura um sinal que chegou a altura dele se dedicar antes aos copinhos de leite. E com baixo teor de gordura.

Tendo em conta o interesse generalizado que este assunto suscita é com satisfação que o Fumos anuncia poder, finalmente, satisfazer a curiosidade que desde tempos imemorais vem atormentando a humanidade e dois pescadores da Barra do Sado. Temos na nossa posse aquela que é a única imagem captada de um PN, imagem essa que iremos revelar no próximo post.
Por hoje é tudo, foi um prazer tê-lo connosco e não se esqueça de nos sintonizar para o próximo capítulo.

quinta-feira, abril 27, 2006

Começa mal, começa!

Acabado de receber na caixa de comentários:

“aew!! 1º DE MAIO NO HOTEL ESTÂNCIA SANTA MÔNICA

Pessoal, tenho uma dica super legal para o feriadão de 1º de maio - o HOTEL ESTÂNCIA SANTA MÔNICA. O Hotel Estância Santa Mônica fica em Louveira - SP e está com um pacote muito bacana para o feriadão.
Confira em http://www.hotelsantamonica.com.br
Eu já fui para lá. Vale muito a pena.”


Eu já sabia que a coisa ia dar para o torto. Um gajo anuncia que vai entrar num registo mais intimista e pimba, surgem logo os convites para motéis à beira da estrada. É que não se pode dar a mão, querem logo algo bastante mais comprido.

PS: E quando um post tem o único propósito de notificar os interessados de que só amanhã é que vai ser possível dar inicio à nova fase? Isso é Impulse?

quarta-feira, abril 26, 2006

26 de Abril sempre!

Pois é, quase sem que um gajo se apercebesse disso, já se passou mais um ano e voltamos a comemorar o 25 de Abril.
De todas as conquistas abrilenses aquela que me é mais querida é precisamente a que me permite inventar expressões como “abrilenses”. Isso mesmo, a liberdade de escrever disparates (conhecida pelos menos tecnicistas como a liberdade de expressão) sem acabar torpemente torturado numa qualquer cave bafienta. Mas enfim, os meus hábitos sexuais não são para aqui chamados.
Eis que, vocês, com a perspicácia que vos caracteriza, constatarão: “Pá, esta conversa toda e o tipo ontem nem sequer se expressou!?!”. É verdade, sim senhor. Foi com orgulho que ontem exerci outro dos direitos conquistados: a liberdade de não expressão. Ao que vocês responderão: “Ah pois, e então o resto da semana, camandro?”.
O que é que eu posso dizer? Estou imbuído do espírito revolucionário, é o que é.
Como já perceberam, agora voltei a exercer o direito de disparatar à bruta.
Não, a verdade é que as minhas ausências se prendem com outros motivos. Motivos esses que podem, ou não, envolver caves bafientas.
Mas não me quero alongar mais neste pedido de desculpas (confessem lá que nem sequer tinham reparado que isto era um pedido de desculpas, hein?) por isso deixo aqui o anúncio de que o Fumos vai entrar numa nova fase. Uma fase de cariz mais pessoal, com revelações escaldantes e pormenores sórdidos sobre a vida deste vosso estimado blogger. Não perca num blogue perto de si.

quinta-feira, abril 20, 2006

É de pequenino que se aposta o pepino

Como é óbvio não podia deixar passar a inauguração do Casino de Lisboa sem tecer algumas considerações sobre o acontecimento. Mas atenção. Não pensem com base nisto que tenho alguma coisa contra antros onde se exploram tragédias alheias para fins lucrativos. Eu até gosto da redacção da TVI.
O que me intrigou foi a desfaçatez do director da sala de jogos do novo casino, Carlos Costa, ao anunciar os seus planos de aliciar as camadas mais jovens, como atesta a seguinte declaração de sua autoria: “Queremos democratizar o jogo, torná-lo banal”
Ora bem, uma coisa é termos os traficantes de droga a disfarçar os seus produtos como doces para angariar novos clientes, outra bem mais censurável é utilizar a democracia para corromper a sociedade. Isso até levanta questões sindicais, visto ser essa a função dos partidos políticos. Não queremos que os nossos políticos fiquem sem nada para fazer…quer dizer com alguma coisa para fazer, pois não?

A táctica de baixar a aposta mínima para um 1 cêntimo, não é má de todo, pois continua a destruir a vida das pessoas, mas em prestações mais suaves. Agora já só falta criar incentivos para as grávidas jogarem e o futuro está garantido.
Contudo, há que saudar um dos envolvidos nesta iniciativa pela sua coerência. Depois de se dedicar à criação de buracos no tecido urbano lisboeta, faz todo o sentido que Santana Lopes se dedicasse igualmente a abrir buracos no tecido social da cidade.

terça-feira, abril 18, 2006

Grande Fezada

Como bem se lembram, por ocasião da eleição do Papa foram questionadas as capacidades do Cardeal Ratzinger para dirigir os destinos da Igreja face aos futuros desafios que esta enfrentaria.
Sendo assim era natural que os olhos do mundo estivessem postos naquela que foi a primeira mensagem Urbi et Orbe pascoal do Papa Bento XVI.
É pois provável que esses mesmos críticos tenham visto os seus apelos à paz no Iraque, ou a uma solução negociada para a crise nuclear iraniana, como uma perspectiva irrealista e desligada da realidade geopolítica actual.
Pessoalmente vi os apelos como uma clara manifestação de Fé por parte dum homem que acredita piamente em milagres.
Quanto muito ainda o podiam acusar de fundamentalismo, mas a verdade é ele teve o cuidado de não falar na possibilidade do Benfica vir a ser campeão nacional.

quarta-feira, abril 05, 2006

Eto'o Brutus?

Assim cai a águia imperial. É sabido que o sonho comanda a vida, mas se ele não souber controlar o meio-campo nada feito.

terça-feira, abril 04, 2006

Andamento: Paradíssimo

“Câmaras baixam impostos sobre imóveis”

Era só uma questão de tempo até que as repercussões da vitória do PSD nas autárquicas se fizessem sentir. Infelizmente não estamos perante um mero caso de sabotagem dos esforços do Governo para nos sugar os trocos restantes. Ao premiar assim o imobilismo, perpetua-se a baixa produtividade - já para não falar da promoção da obesidade - que pode comprometer o futuro do país.

segunda-feira, abril 03, 2006

Analfabrutismo

Parece que Margarida Rebelo Pinto e a sua editora, a Oficina do Livro, andam a tentar impedir a publicação dum livro crítico sobre a sua obra, e se bem me lembro faz muito tempo que o mundo da literatura não vive uma polémica desta dimensão. Parece que também não é agora. Contudo, o mundo da escrita pirosa, esse está ao rubro.
Em causa está o ensaio de João Pedro George, Couves & Alforrecas, os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto, no qual o professor e crítico literário (e autor do blogue Esplanar), após uma leitura comparada dos oito livros da Rebelo Pinto, chama atenção para o facto de esta se autoplagiar.
Considero essa atitude uma injustiça e uma crueldade. Será realmente necessário relembrá-la desse facto, como se o próprio plágio não tivesse já sido doloroso o suficiente?
O argumento de Margarida Rebelo Pinto para pôr uma acção judicial, com vista a impedir a publicação do ensaio de JPG, é que este terá incorrido em violação de direitos de autor, de personalidade e de propriedade intelectual. Se relevarmos o facto dela não ter personalidade ou intelecto dignos de violação, até não está nada mau, considerando que esta é a sua primeira experiência com um argumento.
Pessoalmente tinha antes optado pela denúncia de violação de direitos humanos para travar o João Pedro George. É que até em Abu Ghraihb se considera demasiado inumano sujeitar os prisioneiros a mais do que dois livros da Margarida Rebelo Pinto, quanto mais oito.