Estado vegetal
Hoje gostaria de chamar a vossa atenção para um acontecimento inusitado…esperem, se calhar é melhor clarificar que o “hoje” se refere ao dia 05 de Janeiro de 2006, não vá o leitor estar a ler isto noutra data e sendo assim, existir a distinta possibilidade de eu nessa altura não estar minimamente interessado em chamar qualquer tipo de atenção. Ficam avisados.
Mas prossigamos. O acontecimento a que me refiro relaciona-se com uma sondagem efectuada a ouvintes dum programa de rádio da BBC para descobrir qual o homem mais poderoso do Reino Unido.
Qual não foi a minha surpresa ao constatar que, de acordo com esta notícia, o mais votado foi José Manuel Barroso, the artist formerly known as Durão.
Se eu já sabia que os ingleses eram dados ao consumo de álcool e drogas em quantidades indutoras de estados de coma, agora fiquei a saber que isso também pode ter efeitos adversos. Enfim, azares da vida.
Pronto, confesso que nesta última parte eu estava na palhaçada. Peço desculpas e prosseguirei com a análise séria e profunda a que vos acostumei.
No fundo estes votos no presidente da Comissão Europeia representam uma crítica mordaz à influência excessiva da União Europeia nos destinos do Reino Unido. Tal como o facto de Tony Blair ter sido relegado para 7º lugar da lista traduz uma leitura negativa face à sua incapacidade de manter intocável o “cheque britânico” aquando da formulação do orçamento europeu.
É também inegável que o resultado de Barroso reflecte uma profunda inveja do povo português por ter conseguido um feito notável. Numa só assentada livrou-se de um político incompetente e revolucionou a investigação na genética alimentar ao criar um novo tipo de vegetal, o Nabo de Bruxelas.
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