Ir para fora cá dentro
Uma das características mais pertinentes da crise económica portuguesa é a falta de dinheiro.
Bom, esta não é propriamente uma afirmação brilhante. Diria até que é mais tipo uma imitação razoável da arte das afirmações inconsequentes por parte de candidatos presidenciais.
Vendo bem as coisas, ou seja julgando pelos lucros das instituições bancárias e diversas manifestações de riqueza, se calhar nem sequer isso chega a ser. Talvez a coisa saísse melhor se eu estivesse em plena campanha eleitoral.
O que eu realmente queria destacar era um dos fenómenos resultantes da crise: a fuga de cérebros para o estrangeiro. Este êxodo do potencial humano, quer criativo, quer técnico tem óbvias consequências para o desenvolvimento nacional. Tão óbvias que provalvelmente só mesmo um experiente candidato presidencial se encontre devidamente qualificado para as enumerar.
Posto isso, limitar-me-ei apenas a fazer uma referência ao drama humano que as estatísticas escondem, nomeadamente o sofrimento impotente das mães que assistem à fuga do cérebro do filhos para o estrangeiro. Mesmo que devidamente acompanhado do restante corpo.
Para todas elas deixo aqui uma palavra de consolo e de esperança num futuro melhor. Em particular para as Mães de Bragança que tanto sofrem por já verem um elemento anatómico do marido a fugir para a estrangeira.
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