Amor Cronometrado
A polémica em torno do TGV acaba de aquecer com o anúncio do abandono do projecto de qualificação da Linha do Norte cujo intuito inicial era de reduzir a viagem Lisboa Porto das 3 horas actuais para as 2 horas e 20 minutos.
Uma medida que Mário Lino, o ministro das Obras Públicas, justifica com os resultados “catastróficos” face aos investimentos realizados (860 milhões de euros) e aos investimentos futuros (1,4 mil milhões de euros).
Revela ainda que decorridos 9 anos apenas de conseguiu reduzir a viagem nuns míseros 5 minutos, para 2 horas e 55 minutos, e numa demonstração impressionante de destreza com uma máquina de calcular aponta para o custo de 172 milhões de euros por minuto.
Uma acusação séria à incapacidade dos anteriores governos nesta matéria.
No que se presume ter sido uma reacção emotiva o ex-secretário de Estado das Obras Públicas José Costa já contestou estes números afirmando que, com a conclusão das obras previstas e cumprindo o objectivo proposto, o custo se cifraria nos 60 milhões por minuto poupado.
Temos homem.
Mas não se ficou por aí, sendo que ainda retorquiu que o TGV irá ter um custo de 70 milhões de euros por minuto ganho.
Ah! Toma lá que já almoçaste!
Até ao fecho deste post não se sabia qual a réplica de Mário Lino, contudo adivinha-se desde já que esta deverá ser virulenta.
E o que é que isto tudo tem a ver com amor?
Pois, realmente não existe grande relação, mas que este custo por minuto na ordem dos milhões de euros coloca em perspectiva os 100 euros por meia hora que a Josefina do 2ª Esquerdo cobra, lá isso coloca.
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