sexta-feira, julho 29, 2005

A caminho do estrelato

Quando me apercebi que os Gato Fedorento iam actuar no Sudoeste, comecei a engendrar forma de também capitalizar com a ideia e tomar proveito desse nicho inexplorado que são os festivais de verão. Até porque os Gato Fedorento devem apreciar a concorrência.
Não é que com a afirmação anterior eu me esteja a querer comparar aos Gato Fedorento, mas caso quisesse chamava a vossa atenção para esta análise comparativa:
Em primeiro lugar, eles são quatro e eu sou só um, pelo menos nos dias em que tomo a medicação, logo isto é uma prova inequívoca de que eu sei contar pelo menos até quatro.
Segundo, todos eles têm uma escrita e um sentido de humor apurados. Eu nem por isso, logo aqui marco pela diferença.
Terceiro, eles não conseguem obter sexo através do humor. Eu também não, logo aqui marco pela similitude.
Em quarto lugar eles são reconhecidos e admirados por um vasto número de pessoas. Eu lá recebo de vez em quando um telefonema da minha avó, quando ela perde os óculos e se engana no número.
Por último, eles aparecem na televisão. Eu tenho uma televisão e um pequeno rádio a pilhas.
Presumo que depois desta explanação se tenha tornado óbvio que existe um probabilidade elevada de eu singrar no mundo dos festivais de verão.

Até já tenho um espectáculo programado que é composto pelas seguintes rábulas ou sukétes da série Taca Fogo na Broca: “Eles fumam, fumam, fumam e não bate nada”, “O homem que fumava não sei o quê”, “Lá está você outra vez a passar o charro para a direita”, “Enquanto houver papel higiénico não precisamos de mortalhas” e por fim o tão aclamado “Onde é que está a puta do isqueiro?”.
Enfim, humor do melhor que se arranja cá no prédio. Pelo menos desde que este foi condenado à demolição pela Câmara.

PN