segunda-feira, setembro 26, 2005

Madeira à beira do Jardim plantada.

Não sei se estão recordados mas há uns tempos atrás Alberto João Jardim referiu-se ao seu pequeno reino madeirense - algo semelhante a uma república das bananas mas menos organizada e funcional - como o exemplo mais conseguido de democracia, apontando o facto de estar no poder há 30 anos como prova inequívoca disso.
Sem querer levantar acusações ou denegrir a sua imagem acrescento que o tipo é o exemplo mais conseguido de um bêbado, apontando o facto de ele proferir disparates há 30 anos como prova inequívoca disso. Mas calma, antes que vocês se lancem numa defesa acérrima do personagem, deixem-me que vos transmita que no fundo até o compreendo. Eu no seu lugar também me enfrascava todos os dias se tivesse que enfrentar semelhante reflexo ao espelho.
Por esta altura o estimado leitor questionar-se-á sobre os motivos desta crítica construtiva ao presidente, pelo que devo esclarecer que se deve às suas últimas declarações a propósito das autárquicas. Seguindo as pisadas de líderes democráticos como Hitler, Estaline e Darth Vader, Alberto João Jardim, num momento de loucura espontânea – que infelizmente parece ter um ciclo de repetição da ordem dos trinta segundos - ameaçou as populações de que os projectos municipais das Câmaras ganhas pela oposição não irão ser contempladas pelo orçamento regional. Terá mesmo dito que: “Quem quiser viver isolado, a viver de maneira marginalmente diferente, ninguém tem nada com isso, mas depois não venham pedir responsabilidades”. O que, à luz do que foi estabelecido mais a cima e tendo em vista a integração, constitui um claro apelo ao consumo de álcool em quantidades suficientes para matar uma pequena manada de gnus habituados a beber.
Esta situação que violaria de forma clara e grave a lei eleitoral terá no entanto uma atenuante por a pessoa em questão ignorar o significado das palavras “lei” e “eleitoral” devido às lesões cerebrais contraídas devido ao uso de tangas demasiado apertadas durante o Carnaval madeirense.
De realçar é também a vaga de inaugurações agendadas, por mero acaso, para o período de campanha eleitoral. São no total cinquenta inaugurações e ao que o “Fumos” apurou estas incluem a inauguração de uma pilha de tijolos num descampado e a de dois trolhas a beber Sagres num café de esquina.

É caso para dizer que “Novidades, novidades. Só no Continente. Porque na Madeira é sempre a mesma merda de sempre”

PN