quarta-feira, abril 20, 2005

Querido, não achas que ficava bem lá na nossa sala? Ao lado do Picasso

Uma artista alemã propõe-se a ter o parto numa galeria de arte berlinense e perante uma assistência selecta. Os progenitores, ambos artistas e que iniciaram este processo artístico à sensivelmente 8 meses, consideram que o nascimento de uma criança é o paradigma do acto criativo e revelam a intenção desafiar as normas convencionais.
Ora é aqui que, numa demonstração de agilidade, a porca torce o rabo. Esta situação não é de todo original e no mínimo dos mínimos constitui um plágio rude, atendendo que já a nossa querida Ágata se tinha proposto a exibir em directo para a televisão o nascimento do seu rebento.
Embora se possa questionar se ela assegurou ou não os direitos de autor, torna-se óbvio que a artista portuguesa está na vanguarda da produção artística mundial, ela sim desafiou não só as normas convencionais, como também as normas do bom senso.
Mas este episódio põe também o dedo na ferida que é a desvalorização dos artistas portugueses que afinal até dão cartas no cena artística internacional. Basta lembrar o contributo de Paulo Portas com a sua fase surrealista pós-Moderna .

PN