sábado, dezembro 31, 2005

Silêncio de Ouro

Infelizmente não trago boas novas para todos aqueles que esperançosamente antecipavam a tão almejada entrada para o Guinness Book of Records (ver penúltimo post). Eu sei que mais esta semana de afastamento augurava boas perspectivas para tão hercúlea tarefa e confesso ter efectuado algumas valorosas tentativas, contudo a verdade verdadinha é que soçobrei de novo.
Poderia até apontar diversos factores para tamanho falhanço, mas a minha mãezinha ensinou-me que apontar é feio. No entanto, eu não podia (reparem no subterfúgio) deixar de sublinhar a influência da situação do país como elemento de distracção.
Um bom exemplo até será o que se passou recentemente com Cavaco Silva.
Qual não foi o meu espanto quando o presidente da Federação Portuguesa de Associações de Surdos, Elídeo Oliveira, criticou o candidato pela ausência de intérpretes de linguagem gestual nos debates televisivos. Como é que é possível fazer assim orelhas moucas aos esforços de Cavaco para demonstrar solidariedade para com os surdos portugueses.
Então o homem esteve calado durante meses, não disse nada de jeito até agora e ainda recebe acusações destas?!
Está mal, com certeza que está mal!
São injustiças como esta que me levaram a decidir que Cavaco Silva tem o meu voto. Pronto, para ser mais específico ele tem o meu voto de castidade, ou para empregar termo técnico, o meu voto “Não me fodas, pá!”

Por falar em votos, queria aproveitar para deixar aqui os meus votos de um Feliz Ano Novo para todos, que este vos traga Prosperidade, Felicidade, Amor, Saúde e pronto vá lá, coisas positivas também.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Amor Anatómico

A braços com sofrimento e com o dor à flor da pele via agora com outros olhos o amor que deixara fugir das suas mãos. Incapaz de tirá-la da cabeça gritava a todos os pulmões o arrependimento que lhe corria nas veias.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Amore Interruptus

Nem sei como pedir desculpas por esta interrupção temporária na transmissão. É que para além da campanha presidencial não me ocorre outro cataclismo que justifique esta minha falha.
Aliás tendo em conta a semana temática que decorria dificilmente será possível arranjar uma justificação condigna.
Pelo que aqui vão duas: por um lado temos uma semana de trabalho intenso que incluiu o fim-de-semana e actividade laboral até altas horas da noite e pelo menos uma directa. Por outro lado temos uma tentativa frustrada de entrada no Guinness Book of Records para a categoria de Maior Abuso de Substâncias Ilegais entre 16 de Dezembro e 21 de Dezembro À Tardinha. Infelizmente e dadas as exigências do trabalho nem sequer consegui que o meu abuso fosse motivo de queixa à Liga de Protecção das Drogas. Enfim, melhores tempos virão e a esperança é a última a morrer, essa sacaninha resistente.
Mas divago. Prossiga então a programação.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Amor Cronometrado

A polémica em torno do TGV acaba de aquecer com o anúncio do abandono do projecto de qualificação da Linha do Norte cujo intuito inicial era de reduzir a viagem Lisboa Porto das 3 horas actuais para as 2 horas e 20 minutos.
Uma medida que Mário Lino, o ministro das Obras Públicas, justifica com os resultados “catastróficos” face aos investimentos realizados (860 milhões de euros) e aos investimentos futuros (1,4 mil milhões de euros).
Revela ainda que decorridos 9 anos apenas de conseguiu reduzir a viagem nuns míseros 5 minutos, para 2 horas e 55 minutos, e numa demonstração impressionante de destreza com uma máquina de calcular aponta para o custo de 172 milhões de euros por minuto.
Uma acusação séria à incapacidade dos anteriores governos nesta matéria.
No que se presume ter sido uma reacção emotiva o ex-secretário de Estado das Obras Públicas José Costa já contestou estes números afirmando que, com a conclusão das obras previstas e cumprindo o objectivo proposto, o custo se cifraria nos 60 milhões por minuto poupado.
Temos homem.
Mas não se ficou por aí, sendo que ainda retorquiu que o TGV irá ter um custo de 70 milhões de euros por minuto ganho.
Ah! Toma lá que já almoçaste!
Até ao fecho deste post não se sabia qual a réplica de Mário Lino, contudo adivinha-se desde já que esta deverá ser virulenta.

E o que é que isto tudo tem a ver com amor?
Pois, realmente não existe grande relação, mas que este custo por minuto na ordem dos milhões de euros coloca em perspectiva os 100 euros por meia hora que a Josefina do 2ª Esquerdo cobra, lá isso coloca.

Amor Tardio

Só despertara para o amor quando o seu relógio biológico já não dava as horas.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Fast Love

Como católica fervorosa que era tinha uma vida amorosa agitada. Sempre à procura de amar o próximo dificilmente conseguia ter uma relação duradoura.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Amor Faseado

O amor começa numa chama, rapidamente se torna num fogo, evolui para um incêndio e acaba num inferno.

Amor Eterno

A prova de que o amor não esmorecera com o tempo era que ele via as varizes como mapas para o coração dela.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Música no Coração

O que é que vocês diriam ao regresso das semanas temáticas do Fumos, hum?
Provavelmente não diriam nada porque o hábito de falar para os monitores ainda não está devidamente cultivado no nosso país. O facto de nunca terem existido semanas temáticas também não ajuda.
Mas esqueçamos de momento essas questões menores para nos concentrarmos no que é realmente importante: o fabrico artesanal de caixas de fósforos.
Não, também não é isso. Aliás nem me passaria pela cabeça que assunto tão delicado pudesse ser discutido num blogue tão inconsequente como este. O que vos queria sugerir era que esta semana fosse dedicado a um assunto bem mais leve: o Amor.
Claro que esta é a altura em que os caros leitores se insurgem e questionam as minhas capacidades para discorrer sobre tal assunto, eu que nunca me precipitei de um penhasco numa tentativa desesperada de sossegar a dor tumultuosa de um amor perdido ou que desconheço o que são noites infindáveis atormentadas pela distância do corpo de mulher entranhado no meu pensamento.
Pode até ser, mas posso garantir que não há uma única ocasião em que não sinta remorsos ao esvaziar a Clotilde para a guardar na cómoda.
Dê por onde der fica aqui lançada a Semana do Amor.

PS - Registe-se igualmente o regresso das musiquinhas ao Fumos.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Comprimir as ordens

Foi agora com 94 anos que morreu Frederick Ashworth, o homem encarregado de largar a bomba atómica sobre Nagasaki. Num dos parágrafos do seu obituário descreve-se da seguinte forma: "um elemento da tripulação do B-29 Bockscar, responsável pelo funcionamento com sucesso da bomba atómica Fat Man durante o ataque a Nagasaki, Japão".
Cada vez me espanto mais com a capacidade de síntese dos americanos.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Fica só aqui entre toda gente

Considero completamente absurdas as recentes acusações de que existem prisões secretas da CIA em solo europeu. Podem até existir prisões, mas de secretas já não têm nada.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Dar com a língua nos dentes

Segundo as más línguas nem com um cunnilingus ela conseguia atingir o orgasmo.

domingo, dezembro 04, 2005

Boas e más notícias

Em declarações proferidas ontem, Mário Soares acusou Cavaco Silva de “desprezar” os partidos de direita ao dispensar a presença dos respectivos líderes partidários nas suas acções de campanha. Confesso que é com alguma satisfação que assisto ao regresso da cordialidade à presente campanha presidencial, pois fica assim evidente que Soares, apesar das críticas, ainda admite que Cavaco também tem aspectos positivos.
Mas nem tudo são boas notícias.
A verdade é que com Marques Mendes a encarar este distanciamento de forma natural pelo facto de os apoios dos partidos terem surgido depois da candidatura, fica assim demonstrado que , apesar do seu lado atractivo, a lobotomia também tem aspectos negativos.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Questões de fundo

Com a aproximação da proposta da presidência britânica para o orçamento da União Europeia para 2007-2013 torna-se quase tangível a tensão relativamente à perspectiva de cortes nos fundos comunitários. Apesar da nossa situação ser periclitante o governo português já desenvolveu esforços de forma a garantir-nos pelo menos um dos fundos. Agora e aconteça o que acontecer já está assegurado o fundo do poço.